6 dicas para conversar com seus filhos
Hoje em dia, as crianças
têm acesso a muitas tecnologias, como rádio, TV, internet. Mesmo que os
pais controlem o conteúdo a que as crianças são expostas, elas podem se
deparar com notícias assustadoras: como mortes, acidentes, crimes. Ao
mesmo tempo, às vezes coisas ruins acontecem próximas à família, como a
morte de um parente. Como explicar ou conversar sobre o assunto com as
crianças, para que elas não fiquem com medo ou traumatizadas?Confira algumas dicas do Dr. Paul Coleman, autor de “How to Say It to Your Child When Bad Things Happen”
(em tradução livre, “Como falar com seu filho quando coisas ruins
acontecem”), sobre as melhores maneiras de falar com crianças sobre
imagens e eventos perturbadores:
1 – ESPERE ATÉ QUE ELAS TENHAM PELO MENOS 7 ANOS DE IDADE
Segundo o Dr. Coleman, é melhor esperar que as crianças cresçam um pouco
antes de conversar sobre assuntos perturbadores. Antes disso, aborde o
tema apenas se a criança perguntar. “Eles podem ver algo na TV ou ouvir
sobre isso na escola, e então você tem que lidar com isso. Mas crianças
muito jovens podem não ser capazes de lidar bem com notícias
assustadoras”, diz.
Caso seja necessário falar com a criança nova sobre uma notícia ruim, siga as dicas abaixo.
2 – SINTA-SE CONFORTÁVEL EM “MENTIR”
O mundo pode ser um lugar verdadeiramente cruel; eu sei disso e você
sabe disso. Mas crianças pequenas não sabem disso. Coleman sugere até
que elas podem não ser capazes de lidar com a verdade, em um nível
psicológico. “Crianças mais jovens precisam ser tranquilizadas de que
isso não está acontecendo com eles e não vai acontecer com eles”, indica
Dr. Coleman.
Os pais podem sentir que estão “mentindo”, já que ninguém pode ter 100% de certeza do que o futuro reserva, mas estimativas de probabilidade não são algo que as crianças pequenas podem compreender; isso não as conforta. Então, tente sempre explicar que aquilo de ruim que aconteceu não vai acontecer com elas.
Os pais podem sentir que estão “mentindo”, já que ninguém pode ter 100% de certeza do que o futuro reserva, mas estimativas de probabilidade não são algo que as crianças pequenas podem compreender; isso não as conforta. Então, tente sempre explicar que aquilo de ruim que aconteceu não vai acontecer com elas.
3 – FAÇA PERGUNTAS PARA SABER O QUE A CRIANÇA ESTÁ PENSANDO
Dr. Coleman afirma que muitos pais podem presumir que sabem como seus
filhos se sentem, mas nem sempre é assim. O ideal, antes de explicar uma
notícia ruim, é compreender o que aconteceu e o que a criança está
sentindo. “Elas podem ter medo, ou estarem apenas curiosas. Você tem que
verificar perguntando coisas como ‘o que você ouviu?’, ‘o que você
acha?’”, diz.
Se elas estão com medo, pergunte do que elas têm medo – não assuma que
você sabe. Crianças às vezes usam lógica distorcida. Por exemplo, elas
assistem um edifício colapsando na TV e acham que é o prédio da mamãe
que caiu. Depois que souber o que elas estão pensando, tente oferecê-las
uma sensação de segurança.
4 – NUNCA DIGA QUE OS SENTIMENTOS DELA SÃO “ERRADOS”
Nunca diga para a criança que ela não deve ter medo. Deixe-a saber que
seus sentimentos fazem sentido, e que ela pode sentir tudo o que está
sentindo. Nunca a faça se sentir mal por estar com medo, mas sim deixe-a
saber que ela não precisa ter medo.
5 – APROVEITE A SITUAÇÃO COMO UM MOMENTO DE ENSINO
Falar sobre coisas ruins pode levar a discussões sobre como ajudar os
outros, além de dar aos pais uma oportunidade para ser um modelo de
compaixão. Por exemplo, se uma tragédia aconteceu próxima a sua
localidade e muitas pessoas perderam seus pertences, ensine a criança a
ajudar, doando roupas ou alimentos.
6 – O QUE FAZER SE A TRAGÉDIA AFETAR SEUS FILHOS
Às vezes, a notícia ruim chega ou acontece dentro de casa, e não há
maneira de proteger seus filhos. Se você está lidando, por exemplo, com a
morte de um amigo ou membro da família, seja honesto sobre o assunto,
mas ofereça alguma separação entre o que aconteceu e o que eles temem
que pode acontecer. Explique que é normal que eles se sintam tristes por
perderem alguém. Mas deixe claro que isso não vai acontecer a você, por
exemplo. Não tenha medo de usar frases como “a vovó estava muito velha e
muito doente, mas eu não estou”, explica o Dr. Coleman. Dar conforto e
segurança à criança é o mais importante nessas situações.
Fonte: Hypesciense | Link: http://hypescience.com
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