Pequenos passam a ter noção de valor e melhoram
autoestima
As vontades das
crianças parecem não ter fim. Depois de ganhar o que tanto pediram, o foco do
desejo se volta para novas aquisições. Cansado de tanta insistência, você
decide estipular uma remuneração mensal aos seus filhos. Mas será que o famoso
método da mesada é o mais apropriado para impor limites às crianças?
O psiquiatra infantil da Unifesp, Marcelo Fernandes, diz que estipular valores em dinheiro para dar aos pequenos é uma medida eficaz. Eles passam a desenvolver a consciência de que não é possível ter tudo e a dar mais valor para as coisas que conquistam, explica o especialista. Ainda de acordo com Marcelo, a mesada também melhora a autoestima das crianças. Elas encaram a mesada como uma responsabilidade dada pelos pais e se esforçam para administrar as próprias despesas, afirma. Poupar dinheiro, abrindo mão dos gastos imediatos, é outra lição aprendida. Maneirar no lanche da escola, por exemplo, pode render o dinheiro necessário para um novo game, exemplifica o psiquiatra.
O psiquiatra infantil da Unifesp, Marcelo Fernandes, diz que estipular valores em dinheiro para dar aos pequenos é uma medida eficaz. Eles passam a desenvolver a consciência de que não é possível ter tudo e a dar mais valor para as coisas que conquistam, explica o especialista. Ainda de acordo com Marcelo, a mesada também melhora a autoestima das crianças. Elas encaram a mesada como uma responsabilidade dada pelos pais e se esforçam para administrar as próprias despesas, afirma. Poupar dinheiro, abrindo mão dos gastos imediatos, é outra lição aprendida. Maneirar no lanche da escola, por exemplo, pode render o dinheiro necessário para um novo game, exemplifica o psiquiatra.
Acerte na tática
Tantas vantagens, no entanto, só aparecem quando os pais aliam a mesada a conversas que abordam o assunto. Sem dúvida é uma lição de amadurecimento, mas precisa ser tratada com responsabilidade também pelos pais, ressalta Marcelo. O especialista da Unifesp diz que é preciso deixar claro para os filhos o motivo de eles estarem recebendo uma quantia em dinheiro e ensinar como eles devem gerenciá-la. Mostre em quais situações a criança tem autonomia para usar o próprio dinheiro, seja nas horas de lazer, no lanche da escola ou na aquisição de bens materiais pequenos. O aprendizado também depende da idade da criança. Segundo Marcelo Fernandes, não existe uma faixa etária ideal para começar a receber mesada, mas é importante a criança entender o valor monetário das coisas. "Isso é muito individual, mas, normalmente, a noção de dinheiro aparece por volta dos dez anos".
Quanto à quantia dada aos filhos, ela deve ser adequada ao padrão da família e baseada nos hábitos da criança. É importante tomar cuidado com valores muito altos. A criança pode não criar responsabilidade sobre o dinheiro, quando a quantia que recebe é suficiente para comprar tudo que ela deseja , esclarece o psiquiatra. Segundo o especialista da Unifesp, mais uma tática para não errar no método da mesada é dividir a quantia do mês em semanas. A criança está aprendendo a lidar com o próprio dinheiro. Ganhando valores semanais, tem uma ideia melhor de como controlar os gastos. O dinheiro do mês todo pode causar confusão e fazer com que ela gaste tudo de uma vez só, dá mais um conselho.
Caso a mesada da criança acabe antes do esperado, nada de desembolsar uma quantia extra. A lição, neste caso, é que, no mês seguinte, ela terá que prestar mais atenção nos gastos. Os pais precisam direcionar as lições da mesada, explicando porque o tropeço do filho aconteceu , lembra Marcelo. O valor pode ser mudado quando o aumento é previamente estipulado ou quando alguns hábitos da criança mudam. O especialista explica: se preferir estabelecer mesadas anuais, conte à criança que, a cada aniversário, o valor vai sofrer um ajuste. Conforme ela for ficando mais velha, os hábitos também vão mudando e as necessidades aumentam. Aí sim aumentar o valor é aconselhável.
Tantas vantagens, no entanto, só aparecem quando os pais aliam a mesada a conversas que abordam o assunto. Sem dúvida é uma lição de amadurecimento, mas precisa ser tratada com responsabilidade também pelos pais, ressalta Marcelo. O especialista da Unifesp diz que é preciso deixar claro para os filhos o motivo de eles estarem recebendo uma quantia em dinheiro e ensinar como eles devem gerenciá-la. Mostre em quais situações a criança tem autonomia para usar o próprio dinheiro, seja nas horas de lazer, no lanche da escola ou na aquisição de bens materiais pequenos. O aprendizado também depende da idade da criança. Segundo Marcelo Fernandes, não existe uma faixa etária ideal para começar a receber mesada, mas é importante a criança entender o valor monetário das coisas. "Isso é muito individual, mas, normalmente, a noção de dinheiro aparece por volta dos dez anos".
Quanto à quantia dada aos filhos, ela deve ser adequada ao padrão da família e baseada nos hábitos da criança. É importante tomar cuidado com valores muito altos. A criança pode não criar responsabilidade sobre o dinheiro, quando a quantia que recebe é suficiente para comprar tudo que ela deseja , esclarece o psiquiatra. Segundo o especialista da Unifesp, mais uma tática para não errar no método da mesada é dividir a quantia do mês em semanas. A criança está aprendendo a lidar com o próprio dinheiro. Ganhando valores semanais, tem uma ideia melhor de como controlar os gastos. O dinheiro do mês todo pode causar confusão e fazer com que ela gaste tudo de uma vez só, dá mais um conselho.
Caso a mesada da criança acabe antes do esperado, nada de desembolsar uma quantia extra. A lição, neste caso, é que, no mês seguinte, ela terá que prestar mais atenção nos gastos. Os pais precisam direcionar as lições da mesada, explicando porque o tropeço do filho aconteceu , lembra Marcelo. O valor pode ser mudado quando o aumento é previamente estipulado ou quando alguns hábitos da criança mudam. O especialista explica: se preferir estabelecer mesadas anuais, conte à criança que, a cada aniversário, o valor vai sofrer um ajuste. Conforme ela for ficando mais velha, os hábitos também vão mudando e as necessidades aumentam. Aí sim aumentar o valor é aconselhável.
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