terça-feira, 15 de maio de 2012

Perfis infantis criados pelas mães invadem as redes sociais

Eles mal sabem falar, mas já têm conta no Orkut e no Facebook controlada pelos pais. Até que ponto isto é saudável?

No Brasil, 86% dos usuários ativos de internet usam algum tipo de rede social e passam cerca de 5 horas diárias navegando por elas. Não é surpresa encontrar, neste meio, pais e mães que vão além da busca por conselhos para a difícil tarefa de criar e educar uma criança. Muitos querem, simplesmente, contar as histórias de seus filhos ou mostrá-los para o mundo – como as mães que, no mundo real, carregam orgulhosas uma foto da cria na carteira.

A idade mínima de 18 anos exigida para o cadastro em redes sociais não impediu o boom de perfis de bebês na rede. Eles não sabem sequer falar. Mas, por obra dos pais, já “postam” detalhes de sua rotina em blogs, fazem declarações de amor para a família pelo Orkut e Facebook e conversam com amiguinhos da mesma geração pelo Twitter. Comunidades como a “Sou um bebê muito lindo!”, do Orkut, com cerca de 2750 usuários – a maioria com menos de um ano –, provam que os novos pais buscam maneiras de registrar e dividir a vida de seus filhos com quem quiser ver. Mas isso é saudável?

A entrada precoce nos meios virtuais pode significar a exposição do bebê a um universo absolutamente adulto – e, em alguns casos, até perigoso. Para a psicóloga Luciana Ruffo, membro do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática da PUC-SP, é preciso entender os limites entre a brincadeira e a superexposição. “O que você contaria sobre seu filho para uma pessoa na rua? Com certeza não seria tudo. Na internet é a mesma coisa: precisa compreender este limite, porque uma vez publicada a informação ficará lá para todo o sempre”, afirma a psicóloga.

Fonte: Portal iG | Delas | Filhos | Ana Carolina Addario, especial para o iG São Paulo | 05/04/2011 16:51

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