Já se foi o tempo em que comer balas, tomar sorvetes e pular
amarelinha ou uma simples corda fazia a alegria da criançada. Hoje em
dia, com vitrines reais e “vitrines virtuais” repletas de brinquedos
tecnológicos e bonecos com mil e uma funções, fica difícil explicar aos
pequenos que o consumismo nem sempre é uma boa.
Aí é um pede daqui, um pede dali e você acaba cedendo mais uma vez,
mesmo tendo plena consciência de que, daqui a uma semana, aquele já não
será mais o brinquedo preferido do seu filho. É válido lembrar que muitos pais confundem expressar amor com ceder
aos pedidos dos pequenos e acabam caindo na armadilha de querer
compensar a ausência diária com brinquedos. Segundo o presidente do Instituto Akatu, Hélio Mattar, “é necessário
que exista uma mudança de atitude. Precisamos mudar o estilo de vida. A
partir disso, acreditamos que algo será posto no lugar do consumo, que
agora se constitui numa parte crítica e central da vida. Temos de
substituir o consumo pela arte, pela beleza e pelas relações humanas”.
Na verdade, papais e mamães, aqui também se encaixa aquele velho
ditado: “Nem tanto ao céu, nem tanto à terra”, ou seja, é direito de
toda criança brincar e ser feliz, porém dentro da sua realidade e dos
limites estabelecidos por vocês.
Ensinar aos filhos que não se pode ter tudo e que, para obter uma
coisa, muitas vezes, é necessário abrir mãos de outra já é um grande
passo. Trouxemos algumas dicas que podem ajudá-los a lidar com o consumismo em casa:
- Converse com os seus filhos ajudando-os a captar o real objetivo da
publicidade para que eles comecem a adaptar suas atitudes em relação a
ela.
- Encontre maneiras de ajudar as crianças a descobrir o significado
das celebrações que vão além do comercial e da “quase sempre
compulsória” troca de presentes.
- Inclua a criança no processo da compra e faça com que ela se pergunte se aquilo é realmente útil para a vida dela.
- Mostre-se mais presente na vida do pequeno. Ajude-o com a lição de
casa ou faça questão de estarem todos presentes na mesa na hora da janta
para contarem como foi o seu dia.
- Façam passeios ao ar livre em praças, parques e zoológicos e
aproveite a oportunidade para mostrar à criança que conseguimos nos
divertir com coisas simples como admirar a natureza, fazer um
piquenique, correr, jogar bola e andar de bicicleta.
- Antes de saírem às compras, faça acordos com as crianças sobre o
que poderão ou não comprar. Assim, fica mais fácil estabelecer limites
quando você diz: “Lembra o que combinamos em casa?”;
- Evite levar seus filhos pequenos às compras em megalojas de
brinquedos, pois crianças pequenas têm dificuldade para controlar seus
impulsos e não conseguem entender por que você não compra tudo o que
elas querem.
- Ainda na loja, fique atento a este detalhe: propositadamente, os
produtos mais atraentes para crianças pequenas ficam nas prateleiras
baixas. Para poupar a criança dessa sedução, coloque-a no alto, sobre o
carrinho.
- E o mais importante: lembre-se de que os pais são como um espelho
para seus filhos, portanto, antes de controlar os impulsos deles, vocês
precisam se policiar também.
Determinação, apoio e orientação dos pais ainda são a melhor forma de ensinar a criança a consumir de maneira consciente.
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